Jornalismo, trabalho e marxismo

Os ensaios dessa coletânea apresentam resultados de pesquisa que teve como objetivo prioritário avaliar a práxis noticiosa enquanto atividade humana de trabalho. Buscou, assim, analisar a crise do jornalismo enquanto epifenômeno das transformações no mundo do trabalho e debater sua prática enquanto produto do novo perfil dos sujeitos comunicantes, os jornalistas, imbricados em um contexto de flexibilização e precarização de sua atividade laboral. Tendo como foco uma reflexão ontológica sobre o trabalho comunicacional, investigamos a morfologia do perfil do jornalista no século XXI, refletindo sobre as possibilidades de criação – tanto na esfera empresarial, como nos novos arranjos comerciais dados pela “massa de mídias” – de um jornalismo transformador, tema vaticinado pelas Teorias do Jornalismo de cariz crítico-emancipatório. Assim, os textos a seguir visam tocar em algumas das principais questões que o campo do jornalismo enfrenta na atualidade: trabalho precário, desinformação, objetividade, crise das instituições e também os elementos emergentes que reafirmam a importância dessa forma social de conhecimento.