A cidade estudada na academia, construída e divulgada pelos políticos e pelo marketing, beira a ficção; seus cenários compostos por diversos fatores de forma alguma chegam perto da vida real. Nesse sentido, as decisões e a participação dos habitantes das cidades estão condicionadas a decisões artificiais cunhadas nos meios de comunicação, na fala dos ditos “especialistas” e nas subjetividades delirantes das cidades-cenário (cultural turn). Todas essas ideias dialogam com o pensamento da diferença de Deleuze Guattari, que enxergam a presença de uma vida capitalística cada vez mais desterritorializada. Contudo, sob a pulsão dos desejos dos habitantes das cidades, quando a carne encontra a pedra, os simulacros têm pouco efeito, e a vida emerge como desejo de resistência. A cidade do corpo a corpo, da rua, da diversidade tão almejada ainda (re)existe ao império do capitalismo pós-industrial algorítmico.

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| Data de publicação | 01/01/2024 |
| Editora | Edufes - Editora da Universidade Federal do Espírito Santo |
| Edição | 1ª edição |
| Forma de realização | Individual |
| Idioma | Português |
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| Páginas | 0 páginas |
