Conectores e modalizadores discursivos (concisão)
Os elementos de coesão textual (conjunções, advérbios, pronomes) e de argumentação (verbos auxiliares, modos verbais, adjetivos, advérbios etc.) são aliados da boa redação, mas é fundamental estar atento para não os usar desnecessariamente, tornando sua presença exagerada ou inadequada no contexto da oração.
Um texto que comunica sem dar muitas voltas, com economia linguística, (sobretudo o técnico-científico) é mais claro e assertivo.
No quadro a seguir, propõe-se algumas alterações de texto, levando em consideração os critérios da economia linguística e da clareza.
Na maioria dos textos, contudo, esse tipo de correção só é feito mediante um olhar abrangente sobre o material. Os exemplos tomados, sem tratar-se necessariamente de textos que devem ser ou foram modificados, orientam o tipo de trabalho recomendado para os casos em que o preparador identificar o exagero ou a inadequação no emprego de conectores e modalizadores discursivos como um problema na escrita do autor ao longo do original.
Texto original | Texto recomendado |
---|---|
Faz-se necessário, aqui, resgatar o trabalho de Tudge (1990), que nos aponta a diferença entre competência e confiança. | Tudge (1990) nos aponta a diferença entre competência e confiança. |
Essa assertiva conduz, novamente, ao reconhecimento de que o desenvolvimento é, fundamentalmente, dependente de aspectos afetivos, cognitivos, sociais e econômicos imbricados no contexto mais amplo e, nesse sentido, pode não seguir, necessariamente, a direção esperada. | O desenvolvimento é, portanto, fundamentalmente, dependente de aspectos afetivos, cognitivos, sociais e econômicos imbricados no contexto mais amplo e pode não seguir a direção esperada. |
Podemos afirmar que é através da experiência coletiva que os membros da organização encontram respostas para as questões do cotidiano da empresa. | Através da experiência coletiva, os membros da organização encontram respostas para as questões do cotidiano da empresa. |
No que diz respeito à rotina de uma forma mais geral, entendemos que como sequência de determinadas ações, ou seja, é a repetição de algo que já é estabelecido e naturalizado. Todavia, no que se refere à rotina da educação infantil, é o tempo de trabalho educativo que se tem com as crianças, no qual deve conter cuidados, brincadeiras e atividades que desenvolvam a aprendizagem orientada por um educador. Por isso, para Barbosa (2006) no que se refere à rotina educativa na educação infantil, ela a considera como um dos fatores responsáveis pela estruturação da educação infantil, de modo que, a partir dela, desenvolve-se o trabalho cotidiano nas instituições. | De uma forma mais geral, rotina é a sequência de determinadas ações, ou seja, a repetição de algo já estabelecido e naturalizado. Todavia, na educação infantil, rotina é o tempo de trabalho educativo com as crianças, que deve incluir cuidados, brincadeiras e atividades que desenvolvam a aprendizagem orientada por um educador. Por isso, Barbosa (2006) a considera um dos fatores responsáveis pela estruturação da educação infantil, já que, a partir dela, desenvolve-se o trabalho cotidiano nas instituições. |
Um estudo dessa natureza se torna relevante na medida em que pode fornecer subsídios para outras investigações empíricas sobre a dinâmica das relações entre gêneros. | Um estudo dessa natureza fornece subsídios para outras investigações empíricas sobre a dinâmica das relações entre gêneros. |