Em Os manicômios judiciários na biopolítica contemporânea, Raquel Fabris Moscon discorre sobre as formações históricas que facilitaram a emergência de respostas sociais empregadas no tratamento de pessoas com transtorno mental que cometeram ato previsto como crime, razão pela qual necessitam cumprir medida de segurança. Para tanto, empreende uma análise em torno das principais condições políticas, sociais e clínicas que engendram e ainda mantêm ativas práticas de segregação por meio da aliança entre o saber psiquiátrico e o campo jurídico, resultando na concepção dos hospitais de custódia como órgãos correspondentes a ramificações moleculares assentadas em princípios morais prevalentes na ideologia político-social vigente que, na prática, não atendem a qualquer propósito de tratamento.
Embora fundamentalmente clínica, a psicanálise é apresentada pela autora como um caminho ético capaz de auxiliar a revisão dos procedimentos colocados em curso na interface da clínica com a justiça, fomentando outras respostas sociais no tocante aos manejos dirigidos ao psicótico em conflito com a lei, sobretudo por lhe fornecer uma chance de falar de seu sofrimento e, no mesmo gesto, de reconhecer seu texto.
Raquel Fabris Moscon
Os manicômios judiciários na biopolítica contemporânea
ética, testemunho e psicanálise
ISBN | |
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Data de publicação | 01/01/2019 |
Editora | Edufes - Editora da Universidade Federal do Espírito Santo |
Edição | 1ª edição |
Forma de realização | Individual |
Idioma | Português |
Dimensões | |
Peso | |
Páginas | 200 páginas |
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