Mas como é o escritor Roberto Mazzini?
Trata-se de um cronista, arrisco dizer, contrapontístico. Mas sim, porque sendo Mazzini da digna estirpe dos capixabas de sangue azzurro, temos aí um ser de duas memórias, duas culturas.
Mas isso – esse contraponto cultural e sentimental – é só um canteiro da lavoura literária de Roberto Mazzini. Porque, mais do que um capixaba com saudades de uma bota, Mazzini é um homo catholicus, ou seja, um homem universal. Irmão de todos os seus irmãos, os como ele degredados filhos de Eva, Mazzini é daqueles para quem nihil humanum alienum est. E tanto faz uma briga em Veneza como um grito na noite de Tóquio, um sebo em Vitória como um beijo nas ruas de Londres, uma pousada em Itaúnas como um velho casebre em Araguaia, tudo é motivo para Mazzini dar o seu parecer sobre a grande tragicomédia humana.
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